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  • Foto do escritorEquipe La Petite

Qual o seu critério para escolher um bom publicitário?

Atualizado: 13 de mar. de 2019



Hoje em dia, todo mundo que tem um computador com photoshop é considerado publicitário. Sem contar algumas gráficas que possuem programas obsoletos, que já não são usados faz anos, e mesmo assim criam artes de materiais publicitários sem qualquer pudor quanto a estética, definição de imagens, direitos autorais de uso ou mesmo a identidade visual do cliente.


Isso sempre aconteceu, mas quando o marketing digital se popularizou, principalmente nos últimos três anos, o nível de critério do segmento caiu ainda mais. Um exército de pessoas vindas de qualquer área, atrás de dinheiro fácil, abundante, se auto-denominaram especialistas em marketing digital e publicitários apenas por dominar basicamente as redes sociais e outros canais on-line.


Não há criatividade sem imaginário e não há imaginário sem muito estudo.


Contando com um bom gosto duvidoso, alguns gatilhos mentais, uma dúzia de setas, splashs, 3 tipos de fontes diferentes numa mesma arte, botões dourados e um fundo simpático. Pronto! Temos um material publicitário feito por essa nova classe de profissionais criativos do país!


Mas esse tipo de representação publicitária funciona?


Muitas vezes nas reuniões que fazemos com clientes de diversos segmentos de mercado, ouvimos a frase: “Nós já fizemos marketing e não funcionou.” E isso gera sempre a terrível pergunta, será que fizeram mesmo? Ou apenas criaram textos ruins que acompanhavam artes sem sentido para postar nas redes sociais sem qualquer objetivo estratégico.


Não é novidade que a relação entre boa escrita, domínio da língua e dos símbolos sempre existiu. Alan Moore, um dos ícones da cultura pop, certa vez disse: "A magia, na sua forma mais antiga, é referida como ‘A Arte’. Creio que isso seja completamente literal. Creio que a magia é arte e que essa arte seja a escrita, a música ou a escultura […] A arte é, como a magia, a ciência de manipular os símbolos, palavras ou imagens, para operar mudanças de consciência."


Para um trabalhinho rápido e despretensioso, a preocupação nunca é a construção de uma ótima percepção de marca ou coisa do tipo, o que importa é um ROI que possa custear o projeto, telefone tocando e arrecadar dinheiro para a próxima campanha, porém o abandono e a falta de fidelidade do possível cliente atingido é imensa.


A quantidade valendo mais que a qualidade, marcar presença com 2 ou 3 posts todos os dias nas redes sociais para ser lembrado. Mas ser lembrado pelo que? Qual a relevância dessa marca que vira só mais uma falando algo irrelevante para pessoas que não são o seu público-alvo?


O mercado é grande e está aberto, mas não dá pra apelar para o precinho de desapego. Trabalho bem feito, custa! Existem poucos publicitários de qualidade, criativos e estéticos, capazes de se comunicar com clareza e objetividade. A comunicação é uma arte que requer estudo de técnicas e não apenas instinto. Mas acreditamos que o mercado de marketing digital está amadurecendo e as páginas criadas pelas máquinas estão dando lugar ao design pensado e preparado por quem entende.


Design, aliás, é fundamental para uma boa campanha publicitária.


Pouco a pouco as narrativas impensadas e os discursos de venda copiados e colados vão sendo substituídos pela escrita genuinamente criativa e efetiva capazes de imputar no subconsciente das pessoas a necessidade e vontade de consumir um determinado produto ou serviço.


Os comunicadores e profissionais criativos verdadeiros que passaram anos estudando para chegar a melhor forma de comunicação para cada segmento do mercado, nunca tiveram tanto trabalho em tentar explicar porque não é só uma arte bonitinha e um textinho simpático. Porque um logo não é só um desenho que o cliente goste, ele precisa despertar um gatilho mental. Porque as redes sociais precisam ser tratadas como ferramentas de negócios e não só uma vitrine de artes sem sentido.


Tudo tem um porquê na propaganda. A cor, a fonte, o formato, o texto, a foto... não é só estética, é um estudo de símbolos e comportamentos que podem levar ao sucesso ou ao fracasso. Esqueça o “faça você mesmo”, como qualquer outro profissional, os anos de estudo na área de propaganda não podem ser substituídos por meia dúzia de blogs e pesquisas no Google. Pode dar certo sim! Mas pode ser destrutivo.


A publicidade é um conjunto de ações e técnicas que precisam ser aplicadas juntas e de maneira coerente com cada estratégia de negócio, por isso, tudo importa. O texto é apenas um percentual do elemento de atenção em uma narrativa e TUDO que há em volta age como uma moldura. Por fim tudo que envolva o processo de confecção da sua ideia e de como transmiti-la também conta como resultado desse conjunto.


Nos últimos 2 mil anos a manipulação das palavras e dos símbolos estava reclusa a uma classe altamente especializada. Foi só no século passado que decidimos esquecer tudo isso e focar na venda de refrigerantes.


Se for em um vídeo por exemplo, a iluminação, o jogo de câmeras, o corte, a música, a fotografia. Se é uma página de vendas, site, e-commerce, a qualidade das imagens, dos espaços em branco, da ausência, dos respiros, call to actions. Poucas coisas falam tanto quanto um layout que só exibe o que é necessário para comunicar a mensagem correta. 


E isso requer muito estudo, experiência de mercado e bagagem criativa. Qualquer coisa antes disso é fórmula mágica; são sonhos, utopia e é enganação.


Pense no que você está buscando para a sua marca: um comunicador afetado, arrogante, despreparado e distante da realidade, ou um sujeito capaz de entender os pontos positivos e negativos do seu negócio, dialogar com as massas, cativá-las, transformar negócios em marcas de sucesso e introduzir a mensagem correta no subconsciente do seu público-alvo.


A escolha é só sua!

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